domingo, 11 de setembro de 2011

Aos do Contato Seridó e interessados!
É incrível como  vocês transparecem não conhecer nada do seridó, quando esquecem que essa região tem nas suas Bandas de Música, com certeza seu principal cartão postal de sua cultura. Talvez uma das regiões de maior musicalidade do país.Todas as cidades tem banda de música. Quase a metade são centenárias e algumas com mais de 150 anos. Como esquecer isso. Seria preconceito?! Deveríamos colocarmos a frente de nossas bandas, algumas dançarinas, seminuas, para sermos incluídos como cultura oficial e assim ser um ponto de destaque da nossa região, de Felinto Lucio Dantas, Tonheca Dantas, Urbano Medeiros, Jaime Brito, Marcio Dantas, Ubaldo Medeiros, Manoel Felipe Neri, Chiquito, Maestro Pinta, Ernandi Lucena, Marciano Ribeiro e tantos outros, inclusive de nossa contemporaneidade.desconhecem que só aqui na pequenina Cruzeta, existem quase uma centena de músicos formados, graduados ou graduandos? Surgem a cada dia novos compositores, arranjadores, regentes e instrumentistas de auto nível, inclusive ocupando espaços importantes no cenário musical potiguar  no país e até no exterior.
Desde 1856 que a banda Euterpe jardinense de Jardim do Seridó, ininterruptamente está presente aos festejos e mobilizações culturais daquele município e região, sendo também o mesmo seguido pelas outras... Muitas com CD gravados e até documentários apresentados a nível nacional, como é o caso da Filarmônica Felinto Lucio Dantas de acari.
Desculpe a necessária franqueza, mas essa gestão é prejudicial a nossa cultura. As bandas de música do seridó, nunca estiveram tão ativas e produzindo tanto! Trabalho diário,descobrindo talentos, formando músicos e cidadãos e levando ao povo, diversão e arte, resistindo frente o apagão cultural, que escurece a alma dessa nação. Acho que a proposta de turismo para nossa região está equivocada. Pois não somos uma região sem musica, quando é justamente o contrário. Quero dizer de boa musica. Será mesmo que turistas de verdade,( não o turismo sexual, predador e especulativo), não se sentiriam bem, ao serem recebidos com Bandas de Musica?! Lembro agora quando, o professor Cruzetense, Francisco Pereira, em incursão pelos states, se deparou com uma banda a tocar numa praça, obras do compositor Felinto Lucio. Ele ao delírio me comunica o fato e deveras emocionado, comentou: É indescritível minha alegria... Mas ele é um homem de cultura!
Portanto meus queridos, não parece ser seridoense de verdade quem está cuidando com tanto zelo  dessa demanda, a qual em tudo falta-lhe a metade , já que  lhe tiram sempre uma BANDA.
Por fim: A cidade de Carnaúba dos Dantas, popular e oficialmente batizada como a terra da musica, no Site do contato seridó nada é colocado sobre isto, apenas uma pequena referencia a Tonheca Dantas. Quando o maestro Felinto Lucio teve inclusive sua obra estudada e registrada por Radamés Gnatali, um dos maiores gênios da nossa musica de todos os tempos.
Não posso conceber esse erro histórico como preconceito, seria realmente terrível e vergonhoso, sem contar que se cria um clima paradoxal. Quando mostra-se  o que temos de melhor , sendo esquecido um quadro  especial de nossa identidade, sabe-se lá porquê “cargas d’água” ...Sei que podemos e deveremos corrigir esse equívoco!
Atenciosamente Bembem Dantas

UM EXEMPLO

Sexteto Quimporó

O Sexteto Quimporó é mais um fruto gerado do Projeto Música de Câmara, realizado pela Escola de Música da Associação Musical de Cruzeta - AMUSIC.

Criado em maio de 2001 durante o II Seminário de música da cidade do Assú,é composto por 06 jovens talentosos e dedicados, todos integrantes da Filarmônica de Cruzeta. O grupo fez sua primeira apresentação oficial durante o II Seminário de música desta cidade no mês de agosto do mesmo ano.

O sexteto Quimporó se destaca no cenário regional e estadual pelas inúmeras apresentações que tem realizado dentro da programação da AMUSIC, e também fora do nosso estado, entre elas podemos citar: II Seminário de Música de ASSÚ-RN, II Seminário de Música de Cruzeta-RN, I Seminário de Música de Natal-RN, Aula inaugural do núcleo de Educação musical de Uiraúna- PB, Master Class e apresentação promovida pela AJAC da cidade de São Tomé-RN, apresentação durante o evento de aniversário da banda de música de São Pedro-RN, vários recitais de conclusão de Bacharelado e Técnico do curso de música dos alunos da UFRN, apresentações no palco (Onofre Lopes) na escola de música da UFRN, e participações em diversos eventos promovidos pelo governo do estado.

Hoje o trabalho do sexteto vem ganhando mais consistência com o aperfeiçoamento profissional dos componentes, pois todos são alunos do técnico e do bacharelado na UFRN. O grupo tem como finalidade mostrar música de boa qualidade, aperfeiçoar as técnicas tanto dos músicos quanto do grupo, fazer apresentações sociais, divulgar a música Brasileira e em especial a música nordestina.

Sexteto Quimporó

Sexteto Quimporó
O GRUPO REVELAÇÃO DE CRUZETA ( ONDE SE APRESENTA DEIXA SUA MARCA MUSICAL) CONTATO PARA SHOW( 3473-2419/3473-2282 / 3473-2381) PROCURA MIZAEL OU FERNANDO

O QUE É CHORO?

O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical da música popular brasileira que conta com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de Regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de Chorões. Apesar do nome, o gênero tem, em geral, um ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes. O Choro representa a formação instrumental mais tipicamente brasileira e o agrupamento musical mais antigo dentro da música popular brasileira.

O Regional de Choro é tradicionalmente formado por um ou mais instrumentos de solo (flauta, bandolim, clarinete ou saxofone) e pelo cavaquinho, violões e pandeiro no acompanhamento. O cavaquinho executa o "centro" da harmonia, um ou mais violões de 6 cordas (juntamente com o violão de 7 cordas) executam a harmonia e as variações/modulações, o violão de 7 cordas atua como baixo e o pandeiro faz a marcação de ritmo. O cavaquinho, apesar de possuir limitações com relação à sua extensão, também é usado como instrumento de solo.

O Choro, em sua essência, é um gênero musical puramente instrumental. Nos poucos Choros que possuem letra, pode-se dizer que grande parte foi escrita anos após o Choro ter sido composto ou mesmo anos após a morte do compositor.

Poderíamos dizer que o Choro, historicamente, começa a nascer na cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX, com a chegada ao Brasil da família real portuguesa, que fugia da invasão de Napoleão e trazia consigo quinze mil europeus. Como conseqüência direta, a cidade do Rio de Janeiro passa por transformações urbanas e culturais sem precedentes. Músicos, novos instrumentos musicais e novos ritmos europeus chegam ao Rio de Janeiro e são imediatamente aceitos pela sociedade. Em pouco tempo, a cidade do Rio de Janeiro passa a ser conhecida, conforme dito pelo poeta Araújo Porto Alegre, como "a cidade dos pianos".

O Choro é o resultado da exposição do músico brasileiro aos estilos musicais europeus, essencialmente à polca (primeiramente apresentada no Rio de Janeiro em 1845), num ambiente musical já fortemente influenciado pelos ritmos africanos, principalmente o Lundu, já presente na cultura brasileira desde o final do século XVIII. Tal como o Ragtime nos Estados Unidos, o Choro surge em decorrência das influências dos estilos musicais e ritmos vindos de dois continentes: Europa e África.

A primeira referência ao termo "Choro" aparece na década de 1870, quando o flautista Joaquim Antônio da Silva Callado, considerado pioneiro nesse processo de fusão dos estilos e ritmos musicais europeus/africanos, cria um conjunto chamado "Choro Carioca". O Maestro e Professor Baptista Siqueira, biógrafo de Joaquim Callado, esclarece que "com o Choro Carioca, ou simplesmente "Choro de Callado", ficou constituído o mais original agrupamento musical reduzido do Brasil. Constava ele, desde sua origem, de um instrumento solista (a flauta), dois violões e um cavaquinho, no qual somente um dos compositores sabia ler a música escrita: todos os demais deviam ser improvisadores do acompanhamento harmônico".

De onde vem a palavra “Choro”?

Há controvérsias, entre os pesquisadores, sobre a origem da palavra "Choro".

O verbete pode ter derivado da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras ao final do século XIX, e os que assim a apreciavam passaram a denominá-la música de fazer chorar. Daí o termo Choro. O próprio Conjunto de Choro passou a ser denominado como tal, como por exemplo, o "Choro de Callado".

O termo pode também ter derivado de "xolo", um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com o parônimo português, passou a ser conhecida como "xoro" e, finalmente, na cidade, deve ter começado a ser grafada com "ch".

Outros defendem que a origem do termo deve-se à sensação de melancolia transmitida pelas modulações improvisadas de contracanto do violão (também chamadas de "baixarias").