quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Frevos de Pernambuco



Quando Capiba afirmou que Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem, poderia ter acrescentado também uma “música”. Ambos, nasceram e desenvolveram-se em Pernambuco. Nunca se conseguiu que brotasse em outra terra, ao menos com a autenticidade do que se faz no estado. Detalhes, nuanças há no frevo que “estrangeiros” não conseguem captar.

O passo e o frevo são uma espécie de mistério dentro da cultura popular brasileira. Mistério, porque as condições sob as quais surgiram, frevo e passo, eram as mesmas, por exemplo, das que havia no Rio de Janeiro, na mesma época (da segunda metade do século 19, início do século 20). Conforme afirma o antropólogo Carlos Eugênio Líbano, em seu A negregada instituição, maltas de capoeiras, assim como acontecia no Recife, também tinham as bandas marciais de sua predileção, e as seguiam, exibindo suas habilidades, não raro entrando em confronto com outras maltas, quando coincidia de as bandas cruzarem-se pelas ruas da então capital do país.

Assim era em Pernambuco, com as bandas de música dos batalhões aquartelados na capital pernambucana. Uma delas chamada de O Quarto, por ser do Quarto Batalhão de Artilharia, a outra A Espanha, do Corpo da Guarda Nacional, assim denominada por ser espanhol o mestre da banda, Pedro Garrido. Por que a música tocada pelas bandas cariocas não evoluiu para o frevo, ou algo semelhante? A resposta mais provável é a que sugere o jornalista Rui Duarte, em seu História Social do Frevo.

Os capoeiras adotavam uma banda marcial como a de sua preferência, e considerava adversário quem não compartilhasse da mesma “torcida”. Pernadas, golpes com pau de quiri, espetadas com faca, punhal eram distribuídos com os partidários da banda adversária. A proibição ao desfile dos capoeira, pelo governo da província de Pernambuco deu-se em 1856. Mesma época em que as limas-de-cheiro, dos entrudos, e os capoeiras eram alvo de proibição no Rio de Janeiro. A diferença, aponta Ruy Duarte, é que enquanto as ordens foram   obedecidas no Rio, que adotou um carnaval Europeu, no Recife, que respirava rebeldia e agitação, a proibição foi driblada com a fundação de clubes carnavalescos: “A polícia estava perseguindo capoeiras matadores de marinheiros (nota - apelidos dos portugueses). Os clubes se fundavam sob inspiração clandestina de nomes e símbolos” (Rui Duarte na obra citada). Vassourinhas nasceu, ao menos oficialmente, em 6 de janeiro de 1889, e Lenhadores, em 1897. Os símbolos dos dois era o famigerado cacete de pau de quiri, mas a arma, velada: A Vassoura podia ser feminina, mas o cabo, na hora da refrega, virava pau puro. O machado da Lenhadores, mesmo que a machadinha fosse de papel, na hora de enfrentar o inimigo, transformava-se no mesmo cacete com que os capoeiras investiam contra os desafetos. Os passos, e aí, todos os historiadores, concordam, vieram da capoeira, a luta transmudando-se, com o passar do tempo, numa coreografia única.

E a música? Que o nome "frevo" é corrutela de "ferver", isto é ponto pacífico entre todos historiadores e pesquisadores. Quanto a música, recorremos novamente a Rui Duarte; “Quem fizesse música para promover estes movimentos subversivos poderia ficar exposto a conseqüências desastrosas. E a música pioneira, que veio abrir caminho para a que, anos depois, teria a designação própria de frevo passou a animar o carnaval pernambucano, executada pelos mesmos músicos-soldados dos batalhões aquartelados na cidade, nos mesmo instrumentos da corporação, com uma diferença apenas, em lugar da farda, vestiam fantasias”.

O dobrado das bandas militares acompanhou a transformação das manobras da capoeira, acelerando o andamento, acrescentando sincopas, ou terá sido as manobras dos capoeiras que foram adaptando-se à nova música que surgia? Valdemar de Oliveira, em seu antológico frevo, Capoeira e Passo, acredita que nasceram, dança e música ao mesmo tempo, numa simbiose raríssima na música popular universal, E, sem dúvida, inédita no Brasil. O certo é que por volta de 1905, o frevo-de-rua estava com o seu formato, tal como o conhecemos hoje, praticamente delineado, e antes da década de 20, não apenas consolidado como a música própria de carnaval, e unicamente de Pernambuco. Com personalidade tão atavicamente ligada à sua terra natal, que, como já foi assinalado, jamais foi executada apropriadamente fora dela. O frevo não é música que se transplante, conforme Valdemar de Oliveira.

Gravada desde final dos anos 20, no Rio de Janeiro, por grandes nomes do rádio , para consumo dos pernambucanos, o frevo passou a ter seus discos produzidos no Recife, a partir de 1955, quando a Fábrica de Discos Rozenblit ganhou estúdio e prensa de discos. O primeiro 78rpm da Rozenblit foi lançado em 1953 (mas fabricado na Sinter, no Rio), com o frevo-canção Boneca (Aldemar Paiva/José Menezes), e Come e dorme, frevo-de-rua de Nelson Ferreira.

José Rozenblit, presidente da gravadora, monopolizou o mercado (exigia, inclusive, exclusividade, de cantores e compositores), expandindo o frevo para outros estados do Norte e Nordeste, e, sem igual sucesso, para as demais regiões do país. Somente foi sucesso nacional, em 1958, com Evocação, de Nelson Ferreira, o único frevo produzido em Pernambuco a competir com o samba num carnaval carioca (Vou gargalhar, do recifense Edgar Ferreira, campeão do carnaval do Rio, na voz de Jackson do Pandeiro, foi gravado quando o cantor já vivia na ainda capital da República).

Em Pernambuco, e estados vizinhos, o frevo era a música do carnaval, disputando a preferência dos foliões com as poderosas marchinhas importadas do Rio de Janeiro. Para conseguir esta proeza, José Rozenblit valia-se de uma maciça campanha de divulgação. Inédita na indústria do disco de então. Não apenas distribuía boa parte da tiragem dos álbuns com as principais emissora de rádios do país, como, na região metropolitana seu mercado principal, espalhava as partituras dos lançamentos para o carnaval com as centenas de orquestras que animavam a folia, na rua e clubes do Grande Recife.

Os discos de carnaval saíam da fábrica em setembro. Em fevereiro, portanto, já estavam na boca e no pé dos foliões. Bons tempos para o frevo que, infelizmente, passaram. Há anos que as emissoras de rádios só tocam frevos, e assim mesmo os clássicos, no período carnavalesco. Os discos de frevos continuam sendo lançados, sem divulgação, e sem execução no rádio e TV, portanto, não chegam ao povo. O frevo foi perdendo espaço para a música da moda, o sucesso pop de meio-de-ano acaba sendo o sucesso do carnaval. A culpa   não é só dos meios de comunicação. Os músicos não têm acesso fácil ao frevo, música que exige conhecimentos formais, de orquestração, arranjo, e livros com partituras de frevo são praticamente inexistentes no mercado.

Foi atenta a esta dificuldade, que a Fundarpe aproveitando o gancho do centenário, em 2004, de dois dos maiores autores e frevo, Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba, e Edgard Moraes, elaborou o livro Capiba e Edgard Moraes 100 anos de frevo. A volumosa obra, contém arranjos, para todos os instrumentos de uma orquestra de frevo, das principais composições dos dois compositores, assinados pelos maestros José Menezes, Duda , e Spok.

A impossibilidade de repetir o feito de Rozenblit e fazer chegar a mãos dos mestres de bandas e maestros de orquestras esta compilação de partituras, levou a Fundarpe a criar o site . e não restrito ao trabalho de Capíba e Edgard Moraes, mas a outros compositores, desde o extraordinário mestre do frevo-de-rua Levino Ferreira, quanto ao frevo-de-bloco (ou marcha-de-bloco), de Getúlio Ferreira, chegando até o frevo-canção contemporâneo de Lula Queiroga.

Se o frevo, como escreveu Valdemar Oliveira, não é música que convida, mas arrasta. Entrem todos neste arrastão do frevo virtual, disponível, 24 horas, ad infinitum, Façamos votos para que seja sempre atualizado pelas futuras gestões da Fundarpe, para que o frevo comemore, muitos e muitos e muitos 9 de fevereiro, data em que pela primeira vez o termo foi visto num jornal do Recife – Jornal Pequeno – no ano de 1907, data oficial do nascimento desta música que a partir de agora toda a Terra pode ter.
José Teles
Jornalista

Angelo Torres 

Lançamento do CD Essencial 
www.angelotorres.com.br/angelo/



O quê? Lançamento do CD "Essencial" - Angelo Torres (Saxofonista)

Quando? Dia 10 de fevereiro de 2012 (sexta-feira) 

Aonde?
 Igreja Boas Novas
Rua. Joaquim Teodoro Oliveira 180
Nova Parnamirim - Parnamirim RN 


Ao lado do Shopping Ayrton Sena (Avenida Ayrton Sena)  em frente ao Posto ALE

A que horas? 19:30h 

Investimento no CD Essencial: R$ 15,00

ENTRADA FRANCA

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

RELATÓRIO DE DEFINIÇÕES DO I ENCONTRO DE GESTORES E MAESTROS DE BANDAS DE MÚSICA DO RN


RELATÓRIO DE DEFINIÇÕES DO I ENCONTRO DE GESTORES E MAESTROS DE BANDAS DE MÚSICA DO RN




Iº Encontro de Gestores e Maestros de Bandas de Música do RN, realizado pela UNIBAM-RN, na cidade de Campo Grande, no dia 28 de janeiro de 2012, foi um momento muito importante para o movimento de bandas do estado, principalmente pela grande participação registrada no evento, que reuniu cerca de 50 gestores e maestros de bandas de todas as regiões do estado.

O Encontro definiu pontos importantes para avançar na construção de políticas publicas para as bandas e principalmente cuidar da organização do movimento por meio da entidade representativa das bandas a UNIBAM-RN e definições sobre nossa participação e presença no FEC e SEBAM-RN.

A seguir apresentamos as definições e encaminhamentos retirados do encontro:

1 - FILIAÇÃO A UNIBAM

As entidades mantenedoras de bandas e os maestros destas terão até o dia 28 de FEV para apresentar sua filiação a UNIBAM-RN, através do preenchimento dos formulários já apresentados a todos, que segue novamente em anexo.

A anuidade inicial de filiação a UNIBAM é de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais), dividido em 06 (seis) parcelas de R$ 200,00 (duzentos reais). Quanto a este valor espera-se que a partir do momento que apareçam as demandas para UNIBAM, tal valor reduza para no máximo 50% do total ora acordado.

> Os Requisitos para filiação a UNIBAM, são:

1) Para se filiar a UNIBAM-RN a Banda / entidade com representação no estado, deverá estar criada oficialmente ou em funcionamento há no mínimo 06 meses.
2) Deverá apresentar os seguintes documentos:
- Cópia dos Estatutos aprovados na Assembléia Geral, registrado em cartório;
- Cópia da Ata de Fundação da entidade, registrado em cartório;
- Cópia da Ata de Eleição e Posse da Diretoria atual, registrado em cartório;
- Cópia da Relação da Diretoria e Conselho Fiscal, devidamente qualificados (nome, endereço, profissão, estado civil, RG e CPF);
- Cópia da relação dos associados (as);
- Cópia do CNPJ junto a Receita Federal;
- Cópias autenticadas do CPF, RG e Comprovante de endereço do presidente e tesoureiro da entidade;
 - Oficio assinado pelo presidente, dirigido ao presidente da UNIBAM  solicitando a filiação;
- Cópia dos Históricos da Associação e da Banda;
3) Realizar o pagamento da Taxa anual de filiação, no valor de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), em uma única parcela ou em até 06 parcelas de R$ 200,00(duzentos reais), depositado na conta Banco do Brasil, Agência _____, Conta Corrente _________ em favor da UNIBAM-RN;
Observação: Todos os documentos de registro público deverão ser emitidos pelo Cartório de Registro onde a entidade foi registrada, com carimbo de autenticação.
2 - DEMANDAS DAS BANDAS

Quanto às demandas das Bandas e Entidades mantenedoras estas terão até o dia 28 de Fevereiro para apresentar a UNIBAM-RN, as referidas demandas através do preenchimento do formulário em anexo.

O formulário solicita que as bandas citem a situação atual e as demandas necessárias, como: Instrumentos, Material Didático, Material de Consumo, Construção de espaços físicos, Edição de CD / DVD, entre outros. Não se inclui para efeito deste levantamento a demanda no tocante ao pagamento de pessoal (maestro, auxiliar...)

3 - CRITÉRIOS PARA PRIORIZAÇÃO NO ACESSO AOS RECURSOS DO FEC / SEBAM

Os recursos que serão buscados pela UNIBAM sejam por meio do FEC/SEBAM ou outros meio como editais a partir da articulação direta desta entre outros recursos, obedecerá os seguintes critérios de prioridades para acesso pelas bandas com base nos itens a seguir:

a) Entidades com comprovada vida orgânica (legalizada, certidões em dia, diretoria atualizado);

b) Entidades que estejam inseridas no processo de discussão da UNIBAM, a partir da audiência do SEBAM realizada no dia 06/outubro/2011, conforme Folha de Freqüência as reuniões e atividades;

c) Entidades filiadas a UNIBAM-RN e que estejam em dia com suas contribuições;

d) Apresentar Plano de Trabalho atualizado e em execução;

e) Entidades que apresentem projetos maior relevância, abrangência da ação, maior número de beneficiados, caráter social e receita que irá gerar.

> Do total dos recursos do FEC para o SEBAM, serão distribuídos para os projetos das entidades nas áreas:

  . 40% para Aquisição de Instrumentos;
  . 20% para Capacitação/Oficinas/Seminários/Festivais;
  . 20% para Infra-estrutura (sedes, moveis...)
  . 10% para Registro fonográficos (CDs, DVDs, Catálogos...)

4 - COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL DA UNIBAM

O Encontro definiu por eleger os seguintes membros para compor o Conselho Diretor e Conselho Fiscal:

- Conselho Diretor


NOME
MUNICIPIO
FUNÇÃO
HUMBERTO CARLOS DANTAS
CRUZETA
Diretor Presidente
GIUZELIO LOBATO DE MELO
CAMPO GRANDE/CRUZETA
Diretor Administrativo
JOSÉ FRANCISCO DA SILVA NETO
ACARI
Diretor Financeiro
MÁRCIO MIZAEL DA SILVA
TIMBAÚBA DOS BATISTA
Diretor Técnico
NOMILSON PEREIRA DE ARAÚJO
JUCURUTU
Diretor de Bandas
PAULA FRANCINETE DE ARAÚJO VICENTE
SÃO TOMÉ
Diretora de Eventos
JOÃO BATISTA DE CARVALHO
SEVERIANO MELO
Diretor de Comunicação

- Conselho Fiscal

NOME
MUNICIPIO
FUNÇÃO
FERNANDO LUIZ DE ARAÚJO VICENTE
SÃO JOSÉ DO SERIDÓ
1º Conselheiro Fiscal
FRANCISCO ANTONIO DA SILVA
CAMPO GRANDE
2º Conselheiro Fiscal
MARIA NAZARÉ LIMA FEITOSA
JOÃO DIAS
3º Conselheiro Fiscal
TIAGO PEDRO DE LIMA
PORTALEGRE
Suplente Conselheiro Fiscal



5 - CONSELHO DE REPRESENTANTES REGIONAIS
O Encontro definiu por indicar os seguintes membros para compor o Conselho de Representantes Regionais:

NOME
MUNICIPIO
FUNÇÃO
MARIA MARGARIDA MEDEIROS DANTAS
CRUZETA
Representante Regional – SERIDÓ(TITULAR)
ALZIMAR TRAJANO DA SILVA
SERRA NEGRA
Representante Regional – SERIDÓ (SUPLENTE)
VICENTE RANIERE DE AQUINO SOARES
CAMPO GRANDE
Representante Regional – MEDIO OESTE - (TITULAR)
MANOEL CARDOSO NETO
MESSIAS TARGINO
Representante Regional – MEDIO OESTE - (SUPLENTE)
EVERTON LUIZ LOPES DA SILVA
MAJOR SALES
Representante Regional – ALTO OESTE (TITULAR)
ELTON SOUZA DE MELO
DR. SEVERIANO
Representante Regional – ALTO OESTE (SUPLENTE)
FRANCINALDO PAULINO DA SILVA
AFONSO BEZERRA
Representante Regional –MOSSORÓ-ASSU-CENTRAL(TITULAR)
JORGE
CARNAUBAIS/FERNANDO PEDROSA
Representante Regional – MOSSORÓ-ASSU-CENTRAL (SUPLENTE)
JUNIOR DO SAX
SÃO PEDRO
Representante Regional –POTENGI/TRAIRI (TITULAR)
Representante Regional – POTENGI/TRAIRI (SUPLENTE)
GUTEMBERG NUNES
CANGUARETAMA
Representante Regional – LITORAL SUL (TITULAR)
LEONARDO
VERA CRUZ
Representante Regional – LITORAL SUL (SUPLENTE)
JOÃO SIMPLICIO
PEDRA GRANDE
Representante Regional – LITORAL NORTE (TITULAR)
Representante Regional – LITORAL NORTE (SUPLENTE)

6 - REPRESENTANTES DA UNIBAM NO FUNDO ESTADUAL DE CULTURA - FEC E SISTEMA ESTADUAL DE BANDAS - SEBAM

O Encontro definiu por eleger os seguintes membros para compor estes espaços em nome da UNIBAM-RN:

- Fundo Estadual de Cultura - FEC
  . Titular: Marcio Dantas de Medeiros
  . Suplente: Luiz Dantas de França

- Sistema Estadual de Bandas - SEBAM
  . Titular: Aglailson Souza França
  . Suplente: Camilo Henrique Dantas Soares

7 – FUNCIONAMENTO LEGAL E OPERACIONAL DA UNIBAM

Sobre o funcionamento legal e operacional da UNIBAM ficaram definido as seguintes providencias:

- Registro legalmente da entidade no cartório até o dia 25/FEV

- Calendário de Reuniões Ampliadas da UNIBAM no ano de 2012

. ABRIL: Dia 14 em João Dias (Regional Alto Oeste)
. JULHO: Em Afonso Bezerra (Regional Mossoró/Assu/Central)
. OUTUBRO: Em São Tomé (Regional Potengi/Trairi)

- Orçamento mínimo de funcionamento da UNIBAM, a partir de 01 de março/2012 (ver quadro abaixo)

DESPESA
UNID.
QUANT
V. UNIT.
V. TOTAL
Aluguel
Locação
01
350,00
350,00
Água
Conta
01
30,00
30,00
Luz
Conta
01
70,00
70,00
Telefone
Conta
01
100,00
100,00
Internet
Conta
01
50,00
50,00
Material de Expediente (Papel, Cartuchos...)
Verba
01
200,00
200,00
Material de Limpeza
Verba
01
50,00
50,00
Deslocamentos
Verba
01
600,00
600,00
Contador e Taxas
Verba
01
300,00
300,00
Diretor disponibilizado
Verba
02
625,00
1.250,00
TOTAL
3.000,00


Como viabilizar este ORÇAMENTO, através da contribuição das filiadas, sendo:
30 filiadas X R$ 100,00/mês ............................ R$ 3.000,00

8 - DOCUMENTOS

- Foi encaminhado que a Diretoria da UNIBAM terá audiência com a Deputada Fátima e a Secretária de Cultura, Isaura Rosado, para apresentar os documentos sobre as demandas das bandas.

- O Encontro ainda prestou homenagem a Gercino Saraiva Maia, que faleceu no dia 26/JAN, ele um grande incentivador das bandas e autor do Projeto Bandas da Juventude Solidária que implantou 47 bandas em diversas cidades do estado por meio do Programa de Desenvolvimento Solidário/Governo do Estado(na época Governadora Vilma de Farias).

Relatório produzido Campo Grande/RN, no dia 05 de fevereiro de 2012, por:


GIUZELIO LOBATO DE MELO
Diretor Administrativo da UNIBAM–RN
9686.5444 e 9680.5118
giu.lobato@gmail.com


UM EXEMPLO

Sexteto Quimporó

O Sexteto Quimporó é mais um fruto gerado do Projeto Música de Câmara, realizado pela Escola de Música da Associação Musical de Cruzeta - AMUSIC.

Criado em maio de 2001 durante o II Seminário de música da cidade do Assú,é composto por 06 jovens talentosos e dedicados, todos integrantes da Filarmônica de Cruzeta. O grupo fez sua primeira apresentação oficial durante o II Seminário de música desta cidade no mês de agosto do mesmo ano.

O sexteto Quimporó se destaca no cenário regional e estadual pelas inúmeras apresentações que tem realizado dentro da programação da AMUSIC, e também fora do nosso estado, entre elas podemos citar: II Seminário de Música de ASSÚ-RN, II Seminário de Música de Cruzeta-RN, I Seminário de Música de Natal-RN, Aula inaugural do núcleo de Educação musical de Uiraúna- PB, Master Class e apresentação promovida pela AJAC da cidade de São Tomé-RN, apresentação durante o evento de aniversário da banda de música de São Pedro-RN, vários recitais de conclusão de Bacharelado e Técnico do curso de música dos alunos da UFRN, apresentações no palco (Onofre Lopes) na escola de música da UFRN, e participações em diversos eventos promovidos pelo governo do estado.

Hoje o trabalho do sexteto vem ganhando mais consistência com o aperfeiçoamento profissional dos componentes, pois todos são alunos do técnico e do bacharelado na UFRN. O grupo tem como finalidade mostrar música de boa qualidade, aperfeiçoar as técnicas tanto dos músicos quanto do grupo, fazer apresentações sociais, divulgar a música Brasileira e em especial a música nordestina.

Sexteto Quimporó

Sexteto Quimporó
O GRUPO REVELAÇÃO DE CRUZETA ( ONDE SE APRESENTA DEIXA SUA MARCA MUSICAL) CONTATO PARA SHOW( 3473-2419/3473-2282 / 3473-2381) PROCURA MIZAEL OU FERNANDO

O QUE É CHORO?

O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical da música popular brasileira que conta com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de Regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de Chorões. Apesar do nome, o gênero tem, em geral, um ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes. O Choro representa a formação instrumental mais tipicamente brasileira e o agrupamento musical mais antigo dentro da música popular brasileira.

O Regional de Choro é tradicionalmente formado por um ou mais instrumentos de solo (flauta, bandolim, clarinete ou saxofone) e pelo cavaquinho, violões e pandeiro no acompanhamento. O cavaquinho executa o "centro" da harmonia, um ou mais violões de 6 cordas (juntamente com o violão de 7 cordas) executam a harmonia e as variações/modulações, o violão de 7 cordas atua como baixo e o pandeiro faz a marcação de ritmo. O cavaquinho, apesar de possuir limitações com relação à sua extensão, também é usado como instrumento de solo.

O Choro, em sua essência, é um gênero musical puramente instrumental. Nos poucos Choros que possuem letra, pode-se dizer que grande parte foi escrita anos após o Choro ter sido composto ou mesmo anos após a morte do compositor.

Poderíamos dizer que o Choro, historicamente, começa a nascer na cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX, com a chegada ao Brasil da família real portuguesa, que fugia da invasão de Napoleão e trazia consigo quinze mil europeus. Como conseqüência direta, a cidade do Rio de Janeiro passa por transformações urbanas e culturais sem precedentes. Músicos, novos instrumentos musicais e novos ritmos europeus chegam ao Rio de Janeiro e são imediatamente aceitos pela sociedade. Em pouco tempo, a cidade do Rio de Janeiro passa a ser conhecida, conforme dito pelo poeta Araújo Porto Alegre, como "a cidade dos pianos".

O Choro é o resultado da exposição do músico brasileiro aos estilos musicais europeus, essencialmente à polca (primeiramente apresentada no Rio de Janeiro em 1845), num ambiente musical já fortemente influenciado pelos ritmos africanos, principalmente o Lundu, já presente na cultura brasileira desde o final do século XVIII. Tal como o Ragtime nos Estados Unidos, o Choro surge em decorrência das influências dos estilos musicais e ritmos vindos de dois continentes: Europa e África.

A primeira referência ao termo "Choro" aparece na década de 1870, quando o flautista Joaquim Antônio da Silva Callado, considerado pioneiro nesse processo de fusão dos estilos e ritmos musicais europeus/africanos, cria um conjunto chamado "Choro Carioca". O Maestro e Professor Baptista Siqueira, biógrafo de Joaquim Callado, esclarece que "com o Choro Carioca, ou simplesmente "Choro de Callado", ficou constituído o mais original agrupamento musical reduzido do Brasil. Constava ele, desde sua origem, de um instrumento solista (a flauta), dois violões e um cavaquinho, no qual somente um dos compositores sabia ler a música escrita: todos os demais deviam ser improvisadores do acompanhamento harmônico".

De onde vem a palavra “Choro”?

Há controvérsias, entre os pesquisadores, sobre a origem da palavra "Choro".

O verbete pode ter derivado da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras ao final do século XIX, e os que assim a apreciavam passaram a denominá-la música de fazer chorar. Daí o termo Choro. O próprio Conjunto de Choro passou a ser denominado como tal, como por exemplo, o "Choro de Callado".

O termo pode também ter derivado de "xolo", um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com o parônimo português, passou a ser conhecida como "xoro" e, finalmente, na cidade, deve ter começado a ser grafada com "ch".

Outros defendem que a origem do termo deve-se à sensação de melancolia transmitida pelas modulações improvisadas de contracanto do violão (também chamadas de "baixarias").