segunda-feira, 31 de outubro de 2011



AVE MARIA
AUTORIA: Pedro Pereira de Araújo
ANO: 1939


Angelus! Hora santa, hora augusta da reza!


Silêncio, imobilidade. Uns restos de sol poente
manchando prodigiosamente de púrpuras luminosas,
luxuoso damasco do firmamento.


"Um ar olímpio, talvez o sopro vital de mares
glaucos, embalsamam a terra fecunda.


Ocaso! Saudade de um dia que se foi.


Parece que as aves salmodiam, parece que
elas também rezam saudosamente, dolentemente ,
sublimemente. E do céu desce um pálio imenso para
cobrir a terra dadivosa, a terra de Deus.


O homem chega do suado labor e no lar carinhoso
e amigo, junto aos filhos queridos e a esposa amada,
numa comunhão sagrada, ajoelha a alma e reza
comovedoramente a Ave Maria.


O velhinho no último quartel da existência, já
batendo apenas o coração, de mãos em cruz voltada para
o onipotente, também reza consoladoramente a Ave
Maria.


O encarcerado na sua desdita, o moribundo na
sua agonia, o náufrago na sua peleja, a criança na sua
inocência, o cenobita no seu cláustico, o soldado com seu
patriotismo, com o seu heroísmo defendendo a Pátria,
enfim, a natureza toda numa musicalização de crepúsculo
defendendo o sublimado, o imaculado, o doce nome AVE
MARIA.


O Potengi sinuoso, o velho Potengi amado, com
suas areias brancas movediças no estio, com suas águas
rumorosas no inverno, com as suas margens tapetadas de
flores, parece um rosário policrômico enfeitado aos pés
da Virgem Maria.


Quando rezais as horas do sol posto, a Ave Maria,
assim, no azul parece sorrir-se a Virgem aos desvalidos.


"Nossa Senhora inclina um pouco o rosto para
escutar melhor tão meiga prece, hino tão doce e grato
aos seus ouvidos".


Oh! Maria puríssima, santíssima, consoladora
de tristeza, semeadora de esperanças, desabrochai
o sacrário do vosso infinito coração. Dai, Senhora
Imaculada, esse divino relicário ao povo de São Tomé
guardar contrito seu humilde coração.


Ave Maria! Cheia de graça!

Ainda na Sessão Solene da Câmara Municipal de São Tomé, atendendo a convite da Vereadora Teresa Cristina esteve participando minha irmã Luzia Cabral que cantou para os presentes e foi muito aplaudida.

O cerimonial quis mostrar a fé do povo na Virgem Maria começando com o de São Tomé, através da Prece de Pedro Pereira de Araújo; em seguida do povo nordestino, através da música Ave Maria Sertaneja de Luiz Gonzaga; depois do povo brasileiro através da música Ave Maria Natureza e, por último dos povos de todo o mundo, através da Ave Maria de Schubert.

Luzia Cabral cantou Ave Maria Sertaneja e Ave Maria de Schubert, motivo pelo qual recebeu, além dos aplausos, um agradecimento especial dos organizadores do evento.

Nós também agradecemos o convite.



http://filarmonicadetimbaubadosbatistas.blogspot.com/

domingo, 9 de outubro de 2011

Audiência discute Sistema Estadual de Bandas de Música


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A audiência pública proposta pelo deputado Fernando Mineiro nesta última quinta-feira, 6, reuniu mais de 200 pessoas no plenarinho da Assembleia Legislativa e debateu o projeto de lei de Mineiro para a criação do sistema estadual de bandas de música. A audiência contou com apresentações musicais de bandas do interior do RN e homenagens a personalidades da música.
O evento começou às 15h com a apresentação das bandas Filarmônica de Cruzeta e da banda Euterpe de Jardim de Seridó na praça em frente à Assembleia Legislativa. As apresentações duraram cerca de 40 minutos e atraíram políticos, artistas e curiosos. A discussão sobre o projeto de lei do sistema estadual das bandas de música começou logo em seguida, no plenário Robinson Faria.
A audiência pública contou com a presença dos deputados Márcia Maia, Ricardo Mota e Hermano Morais, da secretária extraordinária de cultura Isaura Rosado e do representante do Ministério da Cultura para o Nordeste, Fábio Lima. Além deles, a coordenadora nacional de bandas de música da Funarte, Rosana Lemos, também participou da audiência pública.
Na ocasião foram homenageados o maestro Tonheca Dantas Filho, a banda Euterpe de Jardim do Seridó – banda mais antiga do Estado com mais de 150 anos de atividades – a Filarmônica de Cruzeta e in memoriam os maestros Tonheca Dantas e Felinto Lúcio. A audiência contou ainda com apresentações musicais.
O historiador Cláudio Galvão elogiou a iniciativa do deputado Fernando Mineiro em realizar a audiência pública e apresentar o projeto de lei da criação do sistema estadual de música. “Muitas bandas do interior dependem da boa vontade dos prefeitos da cidade”, lembrou. Galvão afirmou que a música é um aspecto importante para a educação. “É uma forma de educação mais esmerada e também uma oportunidade de trabalho”.
A secretária de cultura Isaura Rosado também parabenizou a iniciativa do deputado Mineiro e reconheceu a importância do projeto para a cultura do RN. “Nós reconhecemos a importância das bandas de música e do sistema estadual de bandas”, afirma. O representante do Ministério da Cultura, Fábio Lima, enfatizou que o RN será o segundo estado do Nordeste a ter um sistema estadual de bandas. “É um avanço considerável”.
A representante da Funarte, Rosana Lemos, afirmou ter ficado orgulhosa com a iniciativa do deputado. “Queremos parabenizá-lo pela realização da audiência”, disse.
O deputado Fernando Mineiro ressaltou a importância das bandas para o interior e classificou a apresentação do projeto de lei do sistema estadual de bandas de música como “algo histórico”. “É o primeiro passo na história recente pra gente organizar as bandas na cidade do interior”, ressalta.  A audiência nasceu a partir da sugestão do maestro Bembem ao deputado Fernando Mineiro.

UM EXEMPLO

Sexteto Quimporó

O Sexteto Quimporó é mais um fruto gerado do Projeto Música de Câmara, realizado pela Escola de Música da Associação Musical de Cruzeta - AMUSIC.

Criado em maio de 2001 durante o II Seminário de música da cidade do Assú,é composto por 06 jovens talentosos e dedicados, todos integrantes da Filarmônica de Cruzeta. O grupo fez sua primeira apresentação oficial durante o II Seminário de música desta cidade no mês de agosto do mesmo ano.

O sexteto Quimporó se destaca no cenário regional e estadual pelas inúmeras apresentações que tem realizado dentro da programação da AMUSIC, e também fora do nosso estado, entre elas podemos citar: II Seminário de Música de ASSÚ-RN, II Seminário de Música de Cruzeta-RN, I Seminário de Música de Natal-RN, Aula inaugural do núcleo de Educação musical de Uiraúna- PB, Master Class e apresentação promovida pela AJAC da cidade de São Tomé-RN, apresentação durante o evento de aniversário da banda de música de São Pedro-RN, vários recitais de conclusão de Bacharelado e Técnico do curso de música dos alunos da UFRN, apresentações no palco (Onofre Lopes) na escola de música da UFRN, e participações em diversos eventos promovidos pelo governo do estado.

Hoje o trabalho do sexteto vem ganhando mais consistência com o aperfeiçoamento profissional dos componentes, pois todos são alunos do técnico e do bacharelado na UFRN. O grupo tem como finalidade mostrar música de boa qualidade, aperfeiçoar as técnicas tanto dos músicos quanto do grupo, fazer apresentações sociais, divulgar a música Brasileira e em especial a música nordestina.

Sexteto Quimporó

Sexteto Quimporó
O GRUPO REVELAÇÃO DE CRUZETA ( ONDE SE APRESENTA DEIXA SUA MARCA MUSICAL) CONTATO PARA SHOW( 3473-2419/3473-2282 / 3473-2381) PROCURA MIZAEL OU FERNANDO

O QUE É CHORO?

O Choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical da música popular brasileira que conta com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamados de Regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de Chorões. Apesar do nome, o gênero tem, em geral, um ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes. O Choro representa a formação instrumental mais tipicamente brasileira e o agrupamento musical mais antigo dentro da música popular brasileira.

O Regional de Choro é tradicionalmente formado por um ou mais instrumentos de solo (flauta, bandolim, clarinete ou saxofone) e pelo cavaquinho, violões e pandeiro no acompanhamento. O cavaquinho executa o "centro" da harmonia, um ou mais violões de 6 cordas (juntamente com o violão de 7 cordas) executam a harmonia e as variações/modulações, o violão de 7 cordas atua como baixo e o pandeiro faz a marcação de ritmo. O cavaquinho, apesar de possuir limitações com relação à sua extensão, também é usado como instrumento de solo.

O Choro, em sua essência, é um gênero musical puramente instrumental. Nos poucos Choros que possuem letra, pode-se dizer que grande parte foi escrita anos após o Choro ter sido composto ou mesmo anos após a morte do compositor.

Poderíamos dizer que o Choro, historicamente, começa a nascer na cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX, com a chegada ao Brasil da família real portuguesa, que fugia da invasão de Napoleão e trazia consigo quinze mil europeus. Como conseqüência direta, a cidade do Rio de Janeiro passa por transformações urbanas e culturais sem precedentes. Músicos, novos instrumentos musicais e novos ritmos europeus chegam ao Rio de Janeiro e são imediatamente aceitos pela sociedade. Em pouco tempo, a cidade do Rio de Janeiro passa a ser conhecida, conforme dito pelo poeta Araújo Porto Alegre, como "a cidade dos pianos".

O Choro é o resultado da exposição do músico brasileiro aos estilos musicais europeus, essencialmente à polca (primeiramente apresentada no Rio de Janeiro em 1845), num ambiente musical já fortemente influenciado pelos ritmos africanos, principalmente o Lundu, já presente na cultura brasileira desde o final do século XVIII. Tal como o Ragtime nos Estados Unidos, o Choro surge em decorrência das influências dos estilos musicais e ritmos vindos de dois continentes: Europa e África.

A primeira referência ao termo "Choro" aparece na década de 1870, quando o flautista Joaquim Antônio da Silva Callado, considerado pioneiro nesse processo de fusão dos estilos e ritmos musicais europeus/africanos, cria um conjunto chamado "Choro Carioca". O Maestro e Professor Baptista Siqueira, biógrafo de Joaquim Callado, esclarece que "com o Choro Carioca, ou simplesmente "Choro de Callado", ficou constituído o mais original agrupamento musical reduzido do Brasil. Constava ele, desde sua origem, de um instrumento solista (a flauta), dois violões e um cavaquinho, no qual somente um dos compositores sabia ler a música escrita: todos os demais deviam ser improvisadores do acompanhamento harmônico".

De onde vem a palavra “Choro”?

Há controvérsias, entre os pesquisadores, sobre a origem da palavra "Choro".

O verbete pode ter derivado da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras ao final do século XIX, e os que assim a apreciavam passaram a denominá-la música de fazer chorar. Daí o termo Choro. O próprio Conjunto de Choro passou a ser denominado como tal, como por exemplo, o "Choro de Callado".

O termo pode também ter derivado de "xolo", um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com o parônimo português, passou a ser conhecida como "xoro" e, finalmente, na cidade, deve ter começado a ser grafada com "ch".

Outros defendem que a origem do termo deve-se à sensação de melancolia transmitida pelas modulações improvisadas de contracanto do violão (também chamadas de "baixarias").